Rádio

Bauru: Radialista dá nome a sanduíche

A alimentação diária do radialista, muitas vezes, não é das mais nutritivas. Correr para comprar um lanche é uma prática antiga. Num desses intervalos, em 1937, o radialista Casimiro Pinto Neto criou um dos mais populares sanduíches brasileiros: o bauru.

Sentado no bar Ponto Chic, no Largo do Paissandu, em São Paulo (SP), ditou a receita: pão francês sem miolo, fatias de roast beef, quatro queijos (prato, gouda, estepe e suíço), pepino em conserva e tomate.

Aos poucos, amigos pediam: “Me veja um do Bauru”. Virou costume, inclusive, para o público em geral. Hoje, nas sedes do Ponto Chic, existe até um busto do radialista. O sanduíche é considerado, desde 2018, patrimônio imaterial de São Paulo.

O apelido foi uma homenagem à cidade natal do paulista Casimiro, que, a partir de 1942, também se apresentava no rádio pelo nome de “Bauru”.

Em 1943, Casimiro chegou a ser o primeiro Repórter Esso de São Paulo (SP). Trabalhou nas rádios Record e Panamericana, pertencentes a Paulo Machado de Carvalho (na foto, à direita, com Bauru) e, posteriormente, na TV do grupo, ocupando funções administrativas. Porém, sua fama foi graças ao sanduíche.

Bauru trabalhou em radiodifusão até seus últimos dias, falecendo em 1983. Mais que autor de uma receita de sucesso, Casimiro tinha gosto pela profissão.

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