Rádio

Repórter Esso: Testemunha ocular da história

Impossível falar sobre a história do rádio no Brasil sem citar “O Seu Repórter Esso”, ou apenas “Repórter Esso”. O noticiário revolucionou o jeito de fazer radiojornal.

No ar de 28 de agosto de 1941 a 31 de dezembro de 1968, tinha um formato próprio de dar as noticias: padrão de voz, formatação, estilo. Uma cara que contou com o apoio da agência McCann-Ericson, que respondia pela Esso do Brasil, empresa ligada à distribuição de petróleo.

O modelo veio da versão “Your Esso Reporter”, dos Estados Unidos, e, em nosso país, contou também com o apoio das notícias da UPI – United Press International. Sinônimo de credibilidade, por sua eficiência e cobertura, o Repórter

Esso tinha entre os principais slogans “o primeiro a dar as últimas” e “testemunha ocular da história”. Entre os muitos fatos importantes durante sua existência está a cobertura da II Guerra Mundial.

Na voz de Heron Domingues (foto), o Brasil soube do fim do conflito, em 1945. Grandes transformações do país, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e do mundo, como a vitória de Fidel Castro na Revolução Cubana, foram noticiadas por nomes como Kalil Filho, Dalmácio Jordão, Gontijo Teodoro, Luís Jatobá. As versões regionais da atração ganharam o formato televisivo a partir de 1951, passando também por diversos canais. Em cada cidade, um apresentador diferente, com a mesma forma de levar a notícia. Na Rádio Nacional carioca, Roberto Figueiredo, no último dia de 1968, encerrou uma grande história, apresentando aos prantos um retrospecto de 27 anos do radiojornal.

Dalmácio Jordão fez o mesmo, na Rádio Globo paulistana. Dois anos depois, em 1970, teve fim a versão televisiva.O programa foi exibido em diversas emissoras, como nas rádios Nacional, Globo, Record e Tupi. O “Seu Repórter Esso” não só marcou a história do rádio.

Fez escola, sendo referência para muitas gerações de jornalistas.

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